Início » 18-05-2024 » Rebelião em presídio de Cascavel deixa quatro mortos, dois deles decapitados
21:49:14
Rebelião em presídio de Cascavel deixa quatro mortos, dois deles decapitados
 

CURITIBA - O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) informou, na noite deste domingo, que a rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do Paraná, deixou pelo menos quatro detentos mortos. Dois deles foram decapitados. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Anthony Jhonson, afirma, no entnato, que já são cinco os mortos. A entidade marcou para terça-feira mobilização na Câmara Municipal de Cascavel para pedir providências do governo para aumentar o efetivo e os investimentos na infraestrutura dos presídios.

O motim começou durante a entrega do café da manhã aos presidiários. De acordo com um comunicado oficial do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a porta de uma cela da 9ª galeria do bloco três foi cerrada, possibilitando aos presos dominar os agentes que serviam a alimentação.

Dois agentes penitenciários foram feitos reféns. Pelo menos metade dos cerca de 1.050 detentos participa da rebelião. A diretoria do sindicato informou que nove agentes estavam de plantão neste domingo para acompanhar toda a população carcerária do presídio.

Os dois presos decapitados ainda não tiveram identificação confirmada, mas um deles seria condenado por crime de estupro. A Secretaria Estadual de Justiça reconhece que pode haver mais feridos entre os presos dentro do complexo.

A titular da pasta, Maria Tereza Uille Gomes, foi a Cascavel para participar das negociações. O juiz Paulo Damas, da Vara de Execuções Penais, também esteve no presídio para tentar iniciar uma negociação com os presos.

O complexo foi cercado por policiais civis e militares e agentes que vieram de outros municípios da região para reforçar a segurança e evitar uma fuga em massa.

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Os presos queimaram colchões, subiram no telhado dos pavilhões da penitenciária e ameaçaram jogar os agentes penitenciários e outros detentos que também são feitos reféns. Do telhado, eles gritaram palavras de ordem como “dignidade”.

No comunicado sobre a rebelião, a direção do Sindarspen critica a falta de investimentos na área carcerária diante do crescimento da população prisional. Os agentes também reclamam das péssimas condições de trabalho e manutenção dos presídios do Estado. “Muitas vezes os servidores da unidade têm de pagar do próprio bolso, para comprar itens extremamente necessários”, diz o comunicado.

De acordo com os agentes penitenciários, as reivindicações dos presos envolvem a qualidade ruim da comida, passam pela falta de papel higiênico e morosidade no andamento dos processos.


 

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