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O MundoNews: Brasileirão 2014

 Seleção, tabu e polêmicas: Robinho e Mano protagonizam clássico na Vila

O jogo deste domingo reúne Santos e Corinthians, mas as atenções estarão voltadas para dois personagens especiais que estarão em campo. Histórias dos tempos de seleção, a rivalidade com o time adversário e episódios marcantes no clássico fazem de Robinho e Mano Menezes os "donos" do clássico da Vila Belmiro, que terá acompanhamento ao vivo do Placar UOL Esporte. 

Reencontro

Caio Guatelli/Folhapress

Robinho voltou ao Brasil depois de quatro anos no Milan. Quando saiu, ele era uma das estrelas da seleção, ainda que o time tivesse caído feio na Copa do Mundo meses antes. O camisa 7 santista, porém, foi poupado pelo novo técnico e assumiu a faixa de capitão de um time promissor, que tinha Neymar e Ganso entre os destaques.

 

O técnico, obviamente, era Mano Menezes. Robinho foi capitão nos primeiros jogos, perdeu a faixa quando Lúcio voltou a ser chamado e foi esquecido depois de uma Copa América vexatória. O atacante só viria a ser convocado de novo por Felipão, no fim de 2013, mas não convenceu o chefe a ir para a Copa de 2014.

Mano, como se sabe, também não durou. Caiu em 2012 pela falta de resultados, criticado por não ter montado um time confiável em mais de dois anos de trabalho. Neste domingo, os parceiros de quatro anos atrás se reencontram buscando recomeços na carreira.

Velhas casas

Joel Silva/Folhapress

Exceção feita a poucos momentos de destaque na seleção, Robinho sumiu do mapa do futebol na reserva do Milan nos últimos anos. Voltar ao Brasil significa, antes de tudo, jogar de novo e tentar novas conquistas na parte final da carreira. Não por acaso, quando chegou à Vila o atacante falou em pendurar as chuteiras no clube.

 

É um recomeço como o de Mano, que não se encontrou desde que foi demitido da seleção. Depois de um ano sabático, ele acertou com o Flamengo, saiu de forma conturbada e assumiu um Corinthians em reformulação. Até agora não emplacou.

Em comum, os dois têm o ambiente confortável que já conhecem. No Santos, Robinho foi campeão do Brasileiro, da Copa do Brasil e do Paulista. É um dos maiores ídolos do clube após a era Pelé.

Mano foi o comandante que tirou o Corinthians do inferno da Série B e levou à glória da Copa do Brasil. O fracasso da Libertadores de 2010 não impediu que ele deixasse o clube tratado como ídolo, ainda que em um patamar bem inferior ao de Robinho. De alguma forma, porém, os dois tentam voltar às glórias em antigas casas.

Eu e o rival

Antônio Gaudério/Folhapress

Robinho e Mano não trazem boas lembranças a corintianos e santistas, respectivamente.

 

O atacante santista nunca perdeu o clássico e é um dos maiores carrascos do clube do Parque São Jorge neste século. Foi ele quem decidiu o Brasileiro de 2002, que tirou o Santos da Vila. Foi contra o Corinthians que ele deu show, em 2005, em uma das maiores atuações da carreira, quando dançou a cumbia e calou Carlitos Tévez.

Mano diz que a volta do camisa 7 não desperta preocupação, mas o santista certamente vai ao estádio mais esperançoso por saber que Robinho jogará o clássico. Com ele em campo, foram oito vitórias e só um empate diante do maior rival.

Do outro lado, o técnico corintiano não tem um retrospecto tão positivo para apresentar. Foi sobre o Santos que ele venceu o Paulista de 2009, é verdade, com direito a show de Ronaldo na Vila. Mas Mano se consolidou como um rival do time praiano nos tempos de seleção, pela relação com Neymar.

Em tempos de muitos jogos para o Brasil, o hoje atacante do Barcelona era convocado e desfalcava o Santos com frequência. O ex-presidente Luís Álvaro de Oliveiro Ribeiro chegou a acusar Mano de complô para o Corinthians quando Neymar foi convocado para a seleção entre o clássico da Libertadores de 2012. As entrevistas do técnico sugerindo que o jogador aprenderia muito se fosse jogar na Europa não ajudavam em nada a mudar o cenário.

O momento e o time

EFE/Ricardo Saibun/Santos FC

Robinho e Mano são os nomes que mais podem ganhar ou perder com o resultado deste domingo.

 

Do lado santista, Robinho pode começar sua passagem mantendo ou quebrando um tabu pessoal favorável. A consequência disso pode determinar sua sequência no clube. Se for bem, desarma a parcela de críticos de seu salário alto e de sua idade avançada. Caso decida, traz a torcida para si e injeta adrenalina em um time que está a só quatro pontos do G4.

Embora tenha sido contratado no meio de semana, Robinho deve começar o clássico como titular na vaga de Rildo. Pela esquerda, deve confrontar Guilherme Andrade, reserva de Fagner, que foi muito mal nos dois últimos jogos. Ajudará, ao lado de Lucas Lima e Thiago Ribeiro, a municiar Leandro Damião, que substitui Gabigol, que serve a seleção.

Do outro lado, Mano Menezes está na berlinda no Corinthians. O time que cresceu de produção durante a Copa vacilou em duas partidas seguidas. O treinador reagiu mal às críticas e entrou em atrito com a imprensa, pedindo que os jornalistas façam uma autocrítica e melhorem as análises.

Se o Corinthians perder o clássico, dificilmente Mano escapará do papel de culpado que seus críticos lhe imporão. Uma vitória, por sua vez, dará tranquilidade ao técnico do Corinthians por mais alguns dias.

Sorte de Mano que desta vez o time está completo. Guerrero e Jadson se recuperaram de lesões musculares e devem começar jogando. O único desfalque é Lodeiro, que ainda não conseguirá fazer sua estreia por conta dos pontos causados pelo acidente sofrido com uma saboneteira, no fim de semana passado.

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