Membros das comissões de Direitos Humanos da OAB e da Assembleia Legislativa e representantes da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos foram barrados na tarde desta sexta-feira (10) no presídio São Luís 1, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
A ordem partiu do próprio secretário da Justiça e Administração Penitenciária, Sebastião Uchôa.
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O veto foi dado por mensagem de texto pelo secretário à deputada estadual Eliziane Gama (PPS), de acordo com o vice-presidente da comissão da OAB, Rafael Silva.
Em Pedrinhas, 62 presos foram mortos desde o ano passado. Como mostrouvídeo divulgado pela Folha, três deles foram decapitados.
O secretário foi contatado por celular depois que a direção do presídio informou que a entrada só seria possível com autorização dele. O secretário não atendeu a ligação, segundo Silva, e respondeu por mensagem de texto.
Cadeia superlotada em São Luís
As entidades pretendem denunciar a proibição à OEA (Organização dos Estados Americanos), por ferir o princípio previsto pela Organização das Nações Unidas de livre acesso como mecanismo de combate à tortura.
O grupo conseguiu entrar no centro de triagem ao lado do CDP. No local, constatou superlotação e apenas finas paredes separando celas lotadas de facções.
Em uma cela marcada com a letra B, havia 21 homens em um espaço para seis, todos do "Bonde dos 40", facção da capital", e do outro lado mais 21 presos do PCM (Primeiro Comando do Maranhão) onde caberiam oito.